Eu por mim mesma!

Eu por mim mesma!
Voltei-me e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos valentes a peleja, nem tão pouco dos sábios o pão, nem ainda dos prudentes a riqueza, nem dos entendidos o favor, mas que o tempo e a sorte pertencem a todos. (Eclesiastes 9:11)

sábado, 11 de setembro de 2010

Meu Sonho...

Entre brumas ao longe surge a aurora,



na imensidão do céu rubro-paz,



no orvalho transparente feito vidro,



realçando com seus raios multicores



o verde emanado das folhas,



o azul cristalino das aguas,



o cheiro de terra molhada,



Meu sonho traz consigo.



Aparece no céu risonho e limpido,



o carro de Apolo.



Abrindo caminho entre as réstias de crepusculo



Uma auréola lhe cinge a cabeça,



e cintila a cada refulgente raio de luz,



e o meu sonho carrega consigo.



Por entre primaveris canções,



O dia se esvai,



como esvairia a areia por entre os dedos,



meu sonho leva consigo.



A tarde foge



ao rumor de folhas



e ao canto dos sabias



o carro de Apolo vai embora



iluminar outras terras, e



meu sonho leva consigo.



O circulo prateado



Surge no céu tristonho e acabrunhado



As estrelas curvam-se perante ele,



na sua eterna missão de brilhar.



A noite toda branca de luar,



meu sonho leva consigo.



A calada da noite surge



com um céu negro e sem estrelas,



os relâmpagos as substituem,



os trovões gritam para acordar quem esta a descansar



o vento leva e açoita as arvores e varre as folhas, e



meu sonho leva consigo.



As lagrimas de Deus caem sobre a terra,



fortes, potentes, carregando,



levando tudo.



A chuva caiu, molhou e



Meu sonho levou consigo.



Cessa toda balburdia e o mundo afunda-se



No caos de um silêncio medonho.



Finda o negrume da noite,



madrugadinha fria



entre brumas ao longe surge a aurora,



E meu sonho traz consigo.







By:Denise Rodrigues Fonseca



17/10/2003

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