Entre brumas ao longe surge a aurora,
na imensidão do céu rubro-paz,
no orvalho transparente feito vidro,
realçando com seus raios multicores
o verde emanado das folhas,
o azul cristalino das aguas,
o cheiro de terra molhada,
Meu sonho traz consigo.
Aparece no céu risonho e limpido,
o carro de Apolo.
Abrindo caminho entre as réstias de crepusculo
Uma auréola lhe cinge a cabeça,
e cintila a cada refulgente raio de luz,
e o meu sonho carrega consigo.
Por entre primaveris canções,
O dia se esvai,
como esvairia a areia por entre os dedos,
meu sonho leva consigo.
A tarde foge
ao rumor de folhas
e ao canto dos sabias
o carro de Apolo vai embora
iluminar outras terras, e
meu sonho leva consigo.
O circulo prateado
Surge no céu tristonho e acabrunhado
As estrelas curvam-se perante ele,
na sua eterna missão de brilhar.
A noite toda branca de luar,
meu sonho leva consigo.
A calada da noite surge
com um céu negro e sem estrelas,
os relâmpagos as substituem,
os trovões gritam para acordar quem esta a descansar
o vento leva e açoita as arvores e varre as folhas, e
meu sonho leva consigo.
As lagrimas de Deus caem sobre a terra,
fortes, potentes, carregando,
levando tudo.
A chuva caiu, molhou e
Meu sonho levou consigo.
Cessa toda balburdia e o mundo afunda-se
No caos de um silêncio medonho.
Finda o negrume da noite,
madrugadinha fria
entre brumas ao longe surge a aurora,
E meu sonho traz consigo.
By:Denise Rodrigues Fonseca
17/10/2003
Nenhum comentário:
Postar um comentário