Eu por mim mesma!

Eu por mim mesma!
Voltei-me e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos valentes a peleja, nem tão pouco dos sábios o pão, nem ainda dos prudentes a riqueza, nem dos entendidos o favor, mas que o tempo e a sorte pertencem a todos. (Eclesiastes 9:11)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O Telefone...


Ela sabia que estava chegando ao fim. No fundo, ela sabia que estava apenas adiando o inevitavel, mas seu coração de menina impetuosa, pedia-lhe mais uma chance. Ela não sabia o que fazer, mas como sempre, acabaria cedendo.
Ela desliga o telefone e cai num pranto ininterrupto e desesperado. Os olhos tristes e inchados demonstravam-lhe a dor que lhe ia no coração. Ela chora, chora... Chora até secar suas lagrimas e o telefone tocar de novo.
Quando o telefone toca, ela finge que esta bem, se faz de durona, mas morde os labios para tentar aplacar a cachoeira que lhe cai dos olhos. Ela não quer que ele a ouça chorar. Não por ele. Orgulho ferido de uma menina-mulher.
Quando ele diz que acabou, ela desaba. Desaba como uma grande mulher que acabou de perder o seu grande amor. Tudo para ela é grande, pois é muito exagerada.
Ela desliga o telefone e jura nunca mais sofrer por ele. Começa a juntar cartões, CDs e fotos, no intuito de devolver-lhe. Ela continua chorando e agora soluça. Liga para a amiga, para o amigo, em completo desatino.
O telefone toca... é ele! Ele dizendo que esta vindo. Vindo ao seu encontro! Ela treme! No fundo, ela sabe que o ama, e que a vida vai ser dificil sem ele... Ela sabe que vai ser dificil viver sem as chatices, as ligações nas madrugadas, os beijos dele...
Ela o espera ansiosa e preocupada. Querendo ou não, ela preocupa-se com ele. Ele chega... Por dentro ela gela, suas mãos tremem e seus olhos ficam marejados ao relembrar todos os momentos que ja viveram juntos.
Quando os olhares se encontraram, ambos derreteram-se por dentro e perceberam o quão abençoados são, por terem um ao outro. Abraçam-se unidos pela saudade...
Olhos nos olhos... Ela esquece a promessa que fez a si mesma de não voltar atras. Ela ouve os pedidos de desculpas e promessas de mudança, com aquele choro incontido, ja sabendo que iria ceder às suas eloquentes palavras. Ele é muito bom de argumentos.
Ela decide. Decide tentar mais uma vez. Decide ouvir o telefone tocar nas madrugadas sombrias de seu conturbado mundinho. Eles decidem! Decidem continuar juntos em busca da felicidade, mesmo sabendo que esta não é encontrada facilmente. Eles vêem e percebem que não adianta... Eles se amam!...
Mas ninguém sabe até quando! Ninguém sabe até quando ela vai ficar sem chorar denovo... O telefone toca...

Denise, 18/01/2011.

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