Eu por mim mesma!

Eu por mim mesma!
Voltei-me e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos valentes a peleja, nem tão pouco dos sábios o pão, nem ainda dos prudentes a riqueza, nem dos entendidos o favor, mas que o tempo e a sorte pertencem a todos. (Eclesiastes 9:11)

domingo, 27 de fevereiro de 2011

A Vida!

Nossa vida é muito curta para nos atermos a comodidade excessiva, a busca incansavel por dinheiro e bens materiais e ao esperar continuo sem luta. Devemos curtir nossa vida ao maximo, como se esse, fosse o ultimo dia que estivessemos vivendo, e agissemos de forma com que parecesse que somos eternos.
As vezes, surgem momentos em que pensamos que a vida não faz sentido, e pensamos que viver não vale a pena, mas... assim como surgem momentos dificeis, surgem os bons, que compensam os tristes e nos fazem esquecer que existiram... e são esses momentos que faz com que a vida valha a pena... São coisas simples ou palavras ingênuas, ditas na inocência de uma criança, no sorriso de um filho, no beijo da pessoa amada, no aperto de mão de um amigo, no abraço apertado de um parente, que nos traz felicidade e nos mostra o verdadeiro significado da vida.
A verdadeira felicidade, que encontramos no decorrer de nossa longa caminhada, deve ser buscada, compartilhada, almeijada, desejada, usufruida, porque a vida é uma so, e nos so temos uma oportunidade para vivê-la, por isso, todas as ocasiões que surgirem devemos aproveitar. As vezes, erramos, choramos, mas é com esses erros do passado, que aprendemos a ser o que somos no presente, e devemos ter sempre em mente, que é o nosso presente que determinara o nosso futuro. Não devemos viver de passado ou em função dele, temos que usufruir o presente e vivê-lo com toda a intensidade.
A vida é um presente que Deus nos deu... E é um presente unico, que ele da so uma vez a uma mesma pessoa... A vida é um verdadeiro milagre, e nos a recebemos, nos a vemos, nos a sentimos, nos a damos (de certa forma), enfim, nos a vivemos... E devemos vivê-la da melhor forma possivel!

Denise/2006

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O gosto da vida

Qual o gosto da vida?
Gosto de sabor.
Não oriundo do verbo gostar.
A vida tem gosto de areia,
Areia escorrendo por entre os dedos.
Gosto de espuma macia,
onde podemos descansar nossos corpos.
Gosto de tempo passando
Não importa a velocidade.
Gosto de humano,
Tudo o que sentimos.
Gosto de lagrima rolando
Na parte amarga da vida.
Ou na parte alegre.
Gosto de alegria
De felicidade.
Gosto de agua refrescante
Refrescando o recôndito da alma.
Aliviando as dores do coração.
Gosto de luz na escuridão
Clareando os caminhos rumo ao futuro.
Gosto de sorriso de criança
Esperança
Gosto de vida
Tudo é o gosto da vida
Porque a vida é vida
é nossa,
é unica!
E o seu sabor esta
em saber vivê-la
com a mesma força todos os dias...

Denise, 2006.

She - ELA


Ela
Pode ser o rosto que eu não posso esquecer.
Um traço para o prazer ou para o desgosto
Pode ser meu tesouro ou o preço que eu tenho que pagar.
Ela pode ser a música das músicas do verão.
Pode ser o frio que o outono traz.
Pode ser cem coisas diferentes
Dentro da medida de um dia.

Ela
Pode ser a bela ou a fera.
Pode ser a fome ou o banquete.
Pode transformar cada dia em um paraíso ou em um inferno.
Ela pode ser o espelho dos meus sonhos.
Um sorriso refletido em um riacho
Ela pode não ser o que ela pode parecer
Dentro da sua casca

Ela, que sempre parece tão feliz no meio da multidão.
Cujos olhos podem ser tão secretos e tão orgulhosos
Ninguém pode vê-los quando eles choram.
Ela pode ser o amor, que não pode esperar para durar
Pode vir para a mim das sombras do passado.
Que eu vou me lembrar até o dia que eu morrer

Ela
Pode ser a razão do meu viver
O porquê e o motivo que eu estou vivo
A uma que que eu vou cuidar prontamente ao longo dos anos durante as adversidades.
Eu vou pegar as risadas e as lágrimas dela
E farei delas todas as minhas lembranças
Para onde ela for, eu tenho que estar
O sentido da minha vida é

Ela, ela, ela

Imensidão


O sol se pôs ao léu,
Não ha estrelas no céu,
Não ha sons... nem cheiros...
Não ha desesperos
Nem imagens,
Nem miragens.
As emoções não afloram
Os sonhos desbotam-se, descoram.
A palavra foi dita, mas não ecoa.
O sino esta quebrado e não soa.
Não chores quando eu me for,
pois não mereço tua dor.
Apenas conte-me uma historia com o olhar
E me faça parar de chorar.
Não! Não faça nada por mim,
me deixei ficar assim...
Tentando ler o que esta escrito
Na imensidão do nada,
em algum lugar no infinito!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Anjo do Luar


A noite era alta, eu dormia.
Abri os olhos (ou sera que sonhava?). Eu o vi.
De onde havia vindo tanta beleza?
Sorria e dançava ao luar,
num jardim encantado, a flutuar.
Em sua face brilhava o luar.
Criatura da noite,
Que possuia as mais belas estrelas como olhar,
Bailando como pluma, a flutuar...
Brincando de lado a lado,
na doçura dos movimentos,
Capturando-me num momento,
tingido de prateado.
Sempre a sorrir e a bailar,
Criatura da noite, anjo do luar.
Pelo céu, sem tristezas a lua ia,
Esquecendo-se de que haveria dia.
E um anjo brincando entre flores,
abrindo os braços, enfim
(surpresa ventura, seria para mim?)
A doçura de um perfume que embriagava
Enquanto a névoa o envolvia como véu
E surgiu o primeiro traço de aurora pelo céu.
E não havia mais anjo... ou luar
Voltei a dormir (ou a acordar?)

2000

Sublime Renuncia


Queria viver contigo uma vida,
Sem relogio e sem horas marcadas,
Sem leis, sem satisfações, sem adeus...
Infelizmente,
Querer não é tudo,
Meu poder é limitado!
Felizmente,
Minhas palavras se vão,
Neste papel que se amarela,
Mas que não tem limites...
Esperar é bom!
A incerteza e o talvez
São molas propulsoras.
Sem isto, a alegria não teria razão...
O bom do adeus é a volta!
O riso vem depois das lagrimas.
Se o hoje é sofrido, o amanhã é exaltante.
O bom da renuncia é o alivio da alma!
Bom mesmo é a luta!
Depois vem a vitoria!
Saber que existe o perdão,
Mas que paira no ar a duvida do
não quero, mas na realidade, eu quero!
Mas também é bom não ter,
Pois assim posso aliviar-me,
Certificar-me das limitações humanas,
Saber que nada sou e que nada somos!
E é assim,
Caindo e levantando,
as vezes renunciando,
é que descubro o quanto te amo,
O quanto posso,
Mas o quanto não devo!...

2003

Desabafo.


Talvez no fundo, ela só queria se sentir amada... Não é perfeita, e não admitia isso,
quis sempre agradar a todos.
Sempre conviveu num ambiente turbulento,
muitas confusões, atritos,gritos...
por isso jurou a si mesma que não iria carregar isso consigo!
Dona de uma insegurança sem tamanho,
Ela é medrosa, coleciona decepções, frustrações...
Se entrega completamente a tudo,
dá sempre o melhor de si,
e por isso acredita que deve receber o mesmo do próximo.
A carência afetiva incomoda muito,
talvez por isso o ciúmes e a possessividade caminhem juntos.
Ela sempre se frustrou tanto, errou tanto,
que quando algo bom está acontecendo, têm medo de encarar,
de viver, de desfrutar, de curtir o momento!
Hoje ela têm amigas,
um amor que não merece,

um trabalho produtivo,
cursa uma universidade...
Tudo isso ela vê e sabe o quanto é importante!
Mas com o tempo a garota que tanto gostava de maquiagem já não as usava mais, os cabelos sempre lisos, agora em desalinho,
ela se fechou pro mundo,
e imaginou estar no fundo do poço,
presa a sua amargura
e ao seu egocentrismo.
Uma menina mimada e sonhadora  que fantasia um mundo colorido,
tentando moldar as pessoas à sua maneira,
com seu temperamento impulsivo/ possessivo,
acabando por afasta-las de sua vida por puro medo de se magoar,
é extremamente exagerada em tudo,
ama sem medidas,
se entrega totalmente ao momento sem analisar possíveis conseqüências.
A intenção era apenas dormir,
esquecer todos os medos,

os traumas de infância,
queria apagar todo o sofrimento e angústia até então reprimidos,
mas quando acordou
percebeu que o esquecimento jamais irá acontecer
e que sim, o tempo irá amenizar a dor,
e a tão almeijada felicidade e auto-confiança
estavam o tempo todo dentro dela mesma,
que cega, não via.
Amigos? Estes, ela tem os melhores!
São mais até do que a mesma merece.

Amor? Ela tem um,
que com todas suas limitações a ama sem medida,
e no momento do sono profundo
segurou em sua mão e lhe disse: Eu te Amo!

Isso a trouxe de volta a vida...
à realidade!
E hoje,
mesmo com todas as frustrações,
angústias e inseguranças,

ela está feliz e se sente uma garota normal,
vivendo num mundo real...
E percebeu que é mais forte do que pensava.

J.R.F

(Poesia escrita pela minha irmã Jéssica Rodrigues Fonseca, em 01/02/2011)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Rabiscos...


Por favor,
Não faça pouco caso
Dos simples rabiscos que lê...
Nestas mal traçadas linhas
Esta tudo o que não vê...
Da escrita o poeta faz
Tudo que na sua alma vai
Ele chora, canta, ri...
O sangue esvai...
Talvez num poema
Escrito apressado
Escoam palavras cansadas
De um sofrimento seu.
Ai! Pobre de mim!
Escrevi sentida,
Tudo assim, de coração.
Mas, você nas entrelinhas
Não leu...
E a resposta que ansiosa esperava,
Vi angustiada,
Você não deu!
E a poeta calada
Não declamada
Pingou lagrimas de tinta,
Nesta pobre folha
Que agora folheias...
Ficou, porém, desde outrora,
a magoa que chora comovida,
Esta poeta
Dos fatos da vida!...

Encontro...


Magico é o encontro do rio com o mar.
Calmaria doce com o sal bravio
Um abraço sem fim...
Eterna dança das aguas a cada dia
é o encontro de vidas que nunca termina
A doce agua do rio,
deve ser a alma do mar,
é como o homem e a mulher
mesmo se encontrando, se amando,
se compreendendo,
são diferentes.
Cada um com sua doçura,
cada um com seu amargor,
cada um buscando a si proprio
através de outros caminhos.
Duas almas que se encontram,
se completam,
e um dia se separam!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O Telefone...


Ela sabia que estava chegando ao fim. No fundo, ela sabia que estava apenas adiando o inevitavel, mas seu coração de menina impetuosa, pedia-lhe mais uma chance. Ela não sabia o que fazer, mas como sempre, acabaria cedendo.
Ela desliga o telefone e cai num pranto ininterrupto e desesperado. Os olhos tristes e inchados demonstravam-lhe a dor que lhe ia no coração. Ela chora, chora... Chora até secar suas lagrimas e o telefone tocar de novo.
Quando o telefone toca, ela finge que esta bem, se faz de durona, mas morde os labios para tentar aplacar a cachoeira que lhe cai dos olhos. Ela não quer que ele a ouça chorar. Não por ele. Orgulho ferido de uma menina-mulher.
Quando ele diz que acabou, ela desaba. Desaba como uma grande mulher que acabou de perder o seu grande amor. Tudo para ela é grande, pois é muito exagerada.
Ela desliga o telefone e jura nunca mais sofrer por ele. Começa a juntar cartões, CDs e fotos, no intuito de devolver-lhe. Ela continua chorando e agora soluça. Liga para a amiga, para o amigo, em completo desatino.
O telefone toca... é ele! Ele dizendo que esta vindo. Vindo ao seu encontro! Ela treme! No fundo, ela sabe que o ama, e que a vida vai ser dificil sem ele... Ela sabe que vai ser dificil viver sem as chatices, as ligações nas madrugadas, os beijos dele...
Ela o espera ansiosa e preocupada. Querendo ou não, ela preocupa-se com ele. Ele chega... Por dentro ela gela, suas mãos tremem e seus olhos ficam marejados ao relembrar todos os momentos que ja viveram juntos.
Quando os olhares se encontraram, ambos derreteram-se por dentro e perceberam o quão abençoados são, por terem um ao outro. Abraçam-se unidos pela saudade...
Olhos nos olhos... Ela esquece a promessa que fez a si mesma de não voltar atras. Ela ouve os pedidos de desculpas e promessas de mudança, com aquele choro incontido, ja sabendo que iria ceder às suas eloquentes palavras. Ele é muito bom de argumentos.
Ela decide. Decide tentar mais uma vez. Decide ouvir o telefone tocar nas madrugadas sombrias de seu conturbado mundinho. Eles decidem! Decidem continuar juntos em busca da felicidade, mesmo sabendo que esta não é encontrada facilmente. Eles vêem e percebem que não adianta... Eles se amam!...
Mas ninguém sabe até quando! Ninguém sabe até quando ela vai ficar sem chorar denovo... O telefone toca...

Denise, 18/01/2011.

Menina de trança não é mais criança!


Ela carrega consigo o mesmo sorriso. O mesmo sorriso arrebatador e sincero de sempre. Uma jovem menina-mulher que sonha. Sonha sempre com dias melhores. Busca na realidade dura de sua vida, a motivação para seguir sempre adiante. Luta com unhas e dentes por aquilo que almeija. E seus desejos são os mais profundos e dificeis possiveis. Seu dia-a-dia é sempre muito agitado, mas mesmo assim, ela encontra tempo para orar. Ela ja viveu muito. Suas experiências dariam um livro. Não um romance, apesar d'ela ser uma romântica inveterada, mas talvez uma ação com uma leve pitada de comédia. O romance fica ao encargo de seus sonhos ainda não realizados. Ela busca no conhecimento, uma fonte de sabedoria, e na sabedoria, discernimento para fazer as suas escolhas, pois ja fez muitas erradas, apesar de estas tê-la feito crescer.
Sua vida é feita de sonhos, aventuras e uma dose muito grande de coragem. Ela ajuda os outros, sem pensar a quem e como. Seus esforços sempre são muitos, mesmo que possam ser em vão. Suas qualidades são inumeras, ainda que não reconhecidas. Seus defeitos fazem parte de um conjunto dessa menina-mulher de fases, mas estes não impedem que ela cresça, mesmo que as vezes opte por ser infantil. Ela é ciumenta, como nenhum outro ser vivo é capaz de ser. Tem ciumes de tudo o que é dela e briga com quem quer que seja para defender os seus e o que acha certo, mesmo que não seja. Defende suas opiniões, não deixando de ouvir as dos outros, mas dificilmente é influenciada.
Essa menina-mulher vê em seus amigos, seu porto seguro, em sua familia, sua força, e em Deus, o seu refugio. Crê em Deus acima de todas as coisas, e confia muito em suas promessas. Ela ama intensamente, e por isso, sempre sofre no final, pois ela aprendeu da pior forma possivel que nada dura para sempre. Ela se entrega a aquilo ou a aquele que a faz suspirar e vibrar por dentro. Ela é toda emoção. Ela fica triste. E quando fica triste, seu sorriso iluminado e brincalhão desaparece, fazendo com que todos ao seu redor notem que a doce pequena não esta bem. Ela dificilmente fala de seus problemas a outras pessoas, a não ser que confie plenamente, e essa confiança ela busca no fundo do olhar.
Ela adora cantar. Canta no chuveiro, pela casa, onde da vontade, ela canta. Ela toca. Toca seu violão e o coração de muitas pessoas com sua humildade e solidariedade. Ela da conselhos e ombro amigo para aqueles que precisam, mas as vezes, não encontra um quando necessita. Ela ja viajou. Viajou pelos paises europeus e pelas asas da imaginação e dos sonhos. Adquiriu experiências doloridas e proveitosas através dos venenos mais amargos, mas também adquiriu sensibilidade e maturidade suficiente através dos mesmos e da superação dos seus medos mais profundos.
Ela tem muito medo de morrer e não viver tudo o que tem pra viver. Ela adora viver e não quer perder o que a vida ainda lhe reserva, mesmo que sejam dificuldades.
Essa menina de trança, não é mais criança, mas carrega no peito o espirito de uma!

Denise, 18/01/2011.

Ayrton Senna



Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em "Deus", que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá."

( Ayrton Senna )



Antes de ser mãe...



“Antes de ser mãe eu fazia
e comia os alimentos ainda quentes
Eu não tinha roupas manchadas.
Eu tinha calmas conversas ao telefone.
Antes de ser mãe eu dormia
o quanto eu queria
e nunca me preocupava
com a hora de ir para a cama.
Eu não me esquecia de
escovar os cabelos e os dentes.
Antes de ser mãe eu limpava
minha casa todo dia.
Eu não tropeçava em brinquedos
nem pensava em canções de ninar.
Antes de ser mãe eu não me preocupava
se minhas plantas eram venenosas ou não.
Imunizações e vacinas eram
coisas em que eu não pensava.
Antes de ser mãe ninguém vomitou nem fez xixi em mim,
nem me beliscou sem nenhum cuidado,
com dedinhos de unhas finas.
Antes de ser mãe eu tinha
controle sobre a minha mente,
meus pensamentos, meu corpo e meus sentimentos.
... eu dormia a noite toda ...

Antes de ser mãe eu nunca tive
que segurar uma criança chorando
para que médicos pudessem
fazer testes ou aplicar injeções.
Eu nunca chorei olhando
pequeninos olhos que choravam.
Eu nunca fiquei gloriosamente feliz
com uma simples risadinha.
Eu nunca fiquei sentada horas
e horas olhando um bebê dormindo.
Antes de ser mãe eu nunca
segurei uma criança só por
não querer afastar meu corpo do dela.
Eu nunca senti meu coração se despedaçar
quando não pude estancar uma dor.
Eu nunca imaginei que uma
coisinha tão pequenina pudesse
mudar tanto a minha vida.
Eu nunca imaginei que pudesse
amar alguém tanto assim.
Eu não sabia que eu adoraria ser mãe.

Antes de ser mãe eu não conhecia a sensação
de ter meu coração fora do meu próprio corpo.
Eu não conhecia a felicidade de
alimentar um bebê faminto.
Eu não conhecia esse laço que
existe entre a mãe e a sua criança.
Eu não imaginava que algo tão pequenino pudesse
fazer-me sentir tão importante.
Antes de ser mãe eu nunca me
levantei à noite a cada 10 minutos
para me certificar de que tudo estava bem.
Nunca pude imaginar o calor,
a alegria, o amor, a dor
e a satisfação de ser mãe.
Eu não sabia que era capaz
de ter sentimentos tão fortes.
Por tudo e, apesar de tudo, obrigada, Deus,
por eu ser agora um alguém tão
frágil e tão forte ao mesmo tempo.
Obrigada Deus por permitir-me ser Mãe!“

(TE AMO, BRYAN FONSECA)

O Amor...


Procurava algo brilhante para escrever... Pensei em escrever sobre o nosso país... Gigante Brasil... Brasil, nosso solo, nossa terra, que a todo nosso povo abriga, independentemente de sua cor ou religião. Brasil, nosso orgulho, mas também nossa vergonha. País de riquezas, de belezas, de contrastes. Tudo o que temos esta sendo destruido, levado embora. Tudo o que nos sobra ainda nos tomam. Brasil belo, com um céu risonho e limpido, e o Brasil feio, que nem céu tem mais, o que tem é um teto que a qualquer momento podera desabar sobre nossas cabeças. Brasil verde, Brasil mato, Brasil floresta, Brasil amarelo, Brasil ensolarado, Brasil de Ouro, Brasil branco, Brasil tranquilo, Brasil feliz, Brasil azul, Brasil céu, Brasil agua. De qual Brasil falaria?
Pensei em falar sobre a Paz... Branca paz... Paz que nossos paises em guerra chamam. Paz que governantes não querem impor, paz que quem mora nas grandes cidades almeija. Paz que os livraria da violência, do perigo, do medo de sairem nas ruas. Paz que os flagelados gostariam de ter, ao ter q certeza de um teto garantido, ao ter a certeza de que teria um emprego fixo, sem se preocupar se amanhã tera o que por na mesa para que os filhos alimentem-se. Paz que cada um procura ao seu redor e dentro de si. Paz de Deus e Paz dos homens. Qual paz enfatizaria?
Pensei em dizer sobre a Vida... Vida... Vida feliz, vida triste, vida bem aproveitada, vida inocente, vida plenitude, vida realizada, vida sabedoria, vida solitaria, vida vazia, vida com Deus, vida vivida, vida ceifada, vida bela, vida rica, vida pobre, vida destruida, vida constuida, vida roubada, vida transparente, vida brilhante, vida fugida, vida escondida, vida alegre, vida amorosa, vida lutadora, vida escrava... Tantas vidas... De qual vida falaria?
Pensei em falar sobre Felicidade... Felicidade encontrada no sorriso inocente de uma criança, encontrada no trabalho, na realização de um objetivo, no namoro, no noivado, no casamento, na infância, na juventude, na velhice, no brilho e no auge da carreira, no esplendor da vida, no dinheiro, no amor, no carinho, na musica, nas drogas, nas roupas, no olhar, no coração... De qual felicidade poderia falar?
Pensei em escrever sobre o Amor... Ahhh, o amor! Amor de Deus, amor agape, amor eros, amor falso, amor verdadeiro, amor de Deus aos homens, amor dos homens a Deus, amor de pai para filho, amor de filho para pai, amor de amigo para amigo, amor de cônjuge, amor de velhice, amor sabio, amor carinhoso, amor timido, amor safado, amor inocente, amor pleno, amor belo, amor bonito, amor feliz, amor pela Patria, amor ao dinheiro, amor ladrão, amor construtivo, amor destrutivo, amor doentio, amor sadio, amor bobo, amor fiel, amor sonhador. Amor. Sobre qual amor poderia escrever?
O nosso País, a nossa Paz, a nossa Vida, a nossa Felicidade, o nosso Amor... Nosso País é interessante. Nossa Paz, essencial. Nossa Vida, necessaria. Nossa Felicidade, buscada. E nosso Amor, vivido.
Qual deles é mais importante?
O AMOR!
Pois tendo Ele temos também o restante!

Denise, 1999.

(POESIA CLASSIFICADA EM 1° LUGAR NO CONCURSO DE POESIAS DO COLEGIO JOSE SARMENTO FILHO EM 1999)

Meu Filho...


... Puro amor de minha alma
Estrela linda e brilhante
De rostinho fascinante
Razão desse meu viver
Orgulho, carinho...bem querer.

Es toda a felicidade
Na minha vida meu filho
Razão de todo amor
Iluminando meus dias
Que Deus te abençoe pra sempre
Um anjo em forma de gente
Eu te amarei para sempre.

Suave riso inocente
Infinita admiração
Luz divina e reluzente
Voce meu filho querido
Amor... pulsar do meu coração ...

A Vida...


A vida é extremamente curta,
por isso nosso dever
é vivê-la em toda a sua essência.
A inocência da vida,
é encontrada em seu principio,
no sorriso cristalino de uma criança.
A sua plenitude,
é encontrada na juventude,
no jovem que luta.
A sua realização,
é encontrada na metade do caminho,
no homem que trabalha.
A sua sabedoria,
é encontrada na velhice,
no homem que sorriu,
que lutou,
que trabalhou,
que sofreu, que sonhou,
que ensinou, que ajudou...
No homem que viveu!
Ela é curta,
Efêmera.
A felicidade da vida,
é dar e receber amor.
O amor faz da vida,
algo sublime, singelo,
especial, pois passa a ter
um objetivo porque lutar.
Curtamos a vida,
Vivamo-na,
pois ela é
Simplesmente Curta...

Denise, 15/10/2003.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O que dar?

Pensei em te dar o mar; te afogaria.
Pensei em te dar o céu; te perderia.
Pensei em te dar carinho; seria pouco.
Pensei em te dar tudo; te sobrecarregaria.
Pensei em te dar a terra; não suportaria.
Pensei em te dar o mundo; não seria o suficiente.
Pensei em te dar roupas; não estas nu.
Pensei em te dar o riso; não seria engraçado.
Pensei em te dar sabedoria; sobraria intelectualidade.
Pensei em te dar paz; qual delas?
Pensei em te dar um beijo; seria convencimento.
Pensei em te dar um abraço; te apertaria.
Pensei em te dar uma casa; nem tudo são bens materiais.
Pensei em te dar uma caneta, escreveria bobagens.
Pensei em te dar um relogio; ficaria preso ao tempo.
Pensei em te dar um livro; so te traria conhecimentos.
Pensei em te dar uma bolsa; não guardaria sentimentos.
Pensei em te dar sonhos; roubaria sua fantasia.
Pensei em te dar tudo o que sonhasse; restringiria sua capacidade de lutar.
Pensei em te dar ouro; o brilho ofuscaria seus olhos.
Pensei em te dar animais de estimação; não teria tempo para os amigos.
Pensei em te dar um navio; navegaria sem um destino certo.
Pensei em te dar um avião; voaria muito alto.
Pensei em te dar uma canoa; ficaria à deriva.
Pensei em te dar um sapato; não conduziria seus passos.
Pensei em te dar uma borracha; não apagaria o passado.
Pensei em te dar uma televisão; tiraria a sua imaginação.
Pensei em te dar um anel; não serviria como aliança entre nos.
Pensei em te dar um travesseiro; não te inspiraria sonhos.
Pensei em te dar segurança; não adiantaria.
Pensei em te dar um cobertor; não aqueceria sua alma.
Pensei em te dar agua; não mataria sua sede de conhecimento.
Pensei em te dar comida; não mataria sua fome de inovação.
Pensei em te dar a perfeição; não teria porque lutar.
Pensei em te dar uma cadeira; ficaria acomodado.
Pensei em te dar coragem; seria perigoso.
Pensei em te dar força; nem tudo porque lutamos é alcançado desse modo.
Pensei em te dar cores; não te coloriria por dentro.
Pensei em te dar um amigo; seria individualista.
Pensei em te dar felicidade; faltaria companheirismo.
Pensei em te dar um carro; saberia guiar a sua vida?
O que dar? O que dou?
Vou te dar AMOR; pois este desencadeara o restante.

Denise, 16/10/2003.

Eu Adoro Voar!

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade Já tive medo do escuro, hoje no escuro me acho, me agacho, fico ali.
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de amigo e descobri que não eram Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

 
(Clarice Lispector) .

                                      

Alma de Mulher

Nada mais contraditorio do que ser mulher...
Mulher que pensa com o coração,
age pela emoção e vence pelo amor.
Que vive milhões de emoções num so dia e
transmite cada uma delas, num unico olhar.
Que cobra de si a perfeição e vive
arrumando desculpas para os erros daqueles a quem ama.
Que hospeda no ventre outras almas, da a luz e
depois fica cega diante da beleza dos filhos que gerou.
Que da as asas, ensina a voar mas não quer ver partir os passaros,
Mesmo sabendo que eles não lhe pertencem.
Que se enfeita toda e perfuma o leito,
ainda que seu amor nem perceba mais tais detalhes.
Que como uma feiticeira transforma
em luz e sorriso as dores que sente na alma,
So pra ninguém notar.
E ainda tem que ser forte para dar os ombros
para quem neles precise chorar.
Feliz do homem que um dia souber
entender a ALma de uma Mulher!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sem Faces, Sem Mas/Caras

O que fui?
O que sou?
O que ser?
Ce-cilia, sou ilha,
No arquipélago que é o mundo.
Sou unico, mas sou igual, um pouco de tudo.
Um pedacinho de cada um
Minha vida é um tangolomango
Mundo estranho, vasto mundo...
Roncador-Xingu,
Russia-Brasil,
Brasil-Brasil.
Modinha ou vaga canção?
Toquei violão e cantei em tupi
Acompanhado de reco-reco, atabaque e berimbau.
Cri cri cri... Blu blu blu...
Entre cedros e ramos
Cor-tei flores-tas e rios
Cheguei à tribo dos caetés
Encontrei Macunaima
E na ilusão de encontrar Muiraquitã
Descobri o amor
Novamente resplandece
A alegria, o sonho, a coragem.
Uai sô, que trem bão!
Cheiro de mato, carnaval dos animais.
Tudo em duas almas
O amor se fez... desfez.
Na sinagoga de Matosinho
Briguei pela imagem de Maria Madalena
Caiu minha mascara
Mascara verde-amarela
Pintada com tinta guache
E garapa vermelha
Que descia da bica
Das engrenagens de São Bernardo
Para adoçar Cabral
E confeitar o Pão-de-Açucar
Conheci Madon'na na ultima ceia
Bebendo hamburger e comendo coca-cola
Brasil mesclado/mascarado
Cada um com seu modo de falar
Isso não importa nem precisa mudar
Oxente! Êta povo arretado!
é crack daqui e Pelé d'Ali
Pra salva/dor tem procissão... tem romaria
Na quaresma o triste fim
Braços abertos na cruz
- Pai, tem compaixão de mim
Desse teu filho Messias-Salvador
Sincretizado com imenso amor
Do romanceiro barroco, poeta se fez Madalena
Esculpi com pedra sabão e sangue
Escorrido das mãos calejadas
A imagem do Cristo Redentor do Nordeste
De Noéis esperançosos
De Delfinos arrependidos
De Polinorios despertos
De muitas vidas-secas
Criaturas vivas-mortas
Os famélicos da terra
A gritarem com angustia
Mim fragil, mim fragil.
Fiquei mudo, fiquei Callado,
Diante da Xingu urbanizada
Das sombrinhas de Olinda
E da passarela da Sapucai.
Graciliando pelos sonhos
Majestade ja fui.
Não quero razão. Ja tenho ideal.
Aprendizes somos quando (com)vivemos e (nus)como-vemos
Êta sô! Que alegria!
é bão por demais
Um chamego da mãe gentil no seio acolhedor
Pintar a cara com a Aquarela do Brasil
Com a Ordem e o Progresso
Com um sonho intenso... e um raio vivido!
Enfim...
O que sou? O que vô sê?
Ora sou Polinorio, ora sou Noel-Delfino,
Ora Marta da Conceição, ora Madolena,
Ora cristão-judeu, ora Era Vargas,
Ora o mundo... Ora eu...
Depende do momento...
                                          De
                                            p
                                            e
                                            n
                                            de...
                                               e...

Denise/2001.

(POESIA CLASSIFICADA EM 12° LUGAR NO PRÊMIO NACIONAL DE LITERATURA NESTLE/2001)